2 de julho de 2012

Toda...



Estou completa em minha poesia.
Me entrego sem pedaços, estou toda!
De tudo falo de mim.
Meu único ritual é escrever meus versos barulhentos...
Não penso no porvir, nem no fim.
Penso em mim como uma história
Que pessoas vão ler e não vão esquecer.
Nos meus versos barulhentos estão...
Toda minha inimiga insônia,
Toda minha prepotente angústia,
Toda minha vontade alegria,
Todo meu intrínseco amor.
Meu verso é singular.
Nele derramo sangue vivo, que em minha alma forte, pulsa.
Meus versos sadios e profanos...
Meus versos puros tingidos de vinho...
Que uns gostam e outros não...
Estão compostos toda minha excentricidade,
Minha maldade, minha bondade.
Espalho toda a minha queixa,
Embelezo toda minha malícia,
Rasgo a roupa,
Ando nua em tiroteio.
Me vejo num espelho.
Eles falam, me denunciam.
Entrego-me sem questionar o que vão pensar,
Escrevo-os despida de preconceitos. 

((( Camila Senna )))





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pensamentos...