2 de julho de 2012

Flor de cravo...



Meus pés alvos tenho-os banhado com unguento
Para tirar todo o odor da inveja e da peleja.
As velas que velam contra mim,
Que o vento forte as apague, desviando-as de mim.

Quando eu olhar para a vida
Que meus olhos sejam margaridas.
Plantando flores e colhendo amores.
Traçando o gozo íntimo inefável.

Minha boca é rubra de seda
Cuja língua é gentileza mas sabe ser fel com grandeza.
Rejeito todo o olhar envenenado de fúria.

Estou a caminho dum regaço, me faço flor de cravo.
E toda boca, todo olhar, toda mente, que tenha por mim afronta.
Fique muda, fique cego, e perca a memória.


((( Camila Senna )))


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