22 de setembro de 2013

Emily Dickinson com sua linguagem cotidiana me encontra, me fascina!

Para sempre é composto de agoras.

Emily Dickinson

Violeta Parra


Leminski

“Eu queria tanto ser um poeta maldito
A massa sofrendo, enquanto eu profundo medito

Eu queria tanto ser um poeta social
Rosto queimado pelo hálito das multidões

Em vez, olha eu aqui
Pondo sal nesta sopa rala, que mal vai dar para dois”.



Paulo Leminski

Liras...



Te amo ludibriada
faço poemas de lágrimas,
Liras de saudade.

Camila Senna

Os sentidos Sentidos por Caetano Veloso




o amor que a mim comove
e a qualquer homem
o baixo ventre
o baixo ventre
e também os seios às mulheres
o amor que enverniza a flor
o mal
a fúria de dois leões
que ferem a pele
do amor
e não o cerne do amor
que a mim comove
o alto coração
como alto ar que aura
a fronte da acrobata
é lenda?

podes ser falsa
e oscilas como o riso
da fímbria do rictus
de um olho de vidro
do prateado poeta
para a vida
ou como a serpente estendida
sob a escama sibilina
come a flauta
o poeta
alisa tua seda
é lenda?

o nome quer brilhar a língua
língua é lenda
a própria lenda é lenda
além da.

Mistérios...

Meus embaraços,
todos mistérios,
abraço no ar o etéreo.

Camila Senna
São tempos difíceis para os sonhadores...

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain