Por
onde anda ou corre esta instrução de uma vida sem saudade? Essa saudade
é inevitável, quando acordamos ela acorda com a gente. Estou ansiando
ser ateia no amor e até mesmo incrédula nas
lembranças que me fazem parar as pernas. Engano tolo, não dá, elas me sondam
feito um cão. Estou me
aplicando uma anestesia para que algumas lembranças que geram toda essa
saudade infinda e multicor, um dia passe, sabendo da impossibilidade de
esquecer
tudo totalmente. Ah, o nome dessa anestesia chama-se arte, arteira que
sou,
não me conformo o conformismo.
Me chamo pra
briga me enfiando num motim. Uma hora essa saudade adormece
se ajeitando num cantinho do meu coração.
...
"As coisas passam,
mas ficam
Só
pacificam
mas não morrem".
Camila Senna