2 de julho de 2012

Tem “tudo” que é “nada”.

 Tem “tudo” que é “nada”.



Não quero "o tudo".
Talvez o tudo que acham tudo
Não é o tudo que busco.
Não é o tudo que vejo.

Se pegarem qualquer tudo,
Dando-me de mão beijada,
Fujo, pirraço, xingo...
Mas não me rendo.

Quero travessia...
Quero vasculhar o túnel
Da minha alma cheia...
Jogar fora o que não presta,
Plantar flores na minha floresta.

Rasgar o velho,
Pintar o novo,
Conquistar meu céu...
Ver estrelas cair
Se equilibrando no mar.

Não quero o tudo imaturo
Sem essência...
Tomado por um encantamento traiçoeiro,
Quero o desordeiro de alma genuína,
Sem muita rima na ponta da língua.
Com muita rima no coração,
Explodindo na boca um beijo de paixão.

Sou farta em bondade,
Meu corpo todo é extremidade,
Exalo naturalmente minha fertilidade...
Os sentimentos estragados que no meu coração,
Vagavam...
Quando alerta!... Bloqueio a entrada.
Faço pouco caso... E aos poucos, estão morrendo a míngua.


((( Camila Senna )))






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