8 de julho de 2012

Até o fim de mim...

 

Acendo um cigarro
Pego a caneta
E escrevo
Meu laço.

Laço vão
Sem chão.
Laço puído,
Sem trilho.

Será que você acha...
Que não posso ter pão?
- Te digo que posso,
Não vou morrer sem chão.

Sua loucura de esquerda
Não quebra minha destreza.
Seu orgulho suave
Não estilhaça minha impetuosidade.


Pois já lhe disse: “vou até o fim de mim”.



(((Camila Senna )))



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