5 de julho de 2012

Nem o ar quer estar...




O frio tem atormentado o meu estado.
O frio que eu falo...
 É o que se instalou na minha alma
Das incertezas vividas...
Dos dias que vêm com tempestades,
Transformando minha vida em trovoadas em dias de chuvas brabas.
Recolhida fico eu a pensar...
Em um canto da sala, nua e sensível a chorar...
Com um vazio, que nem o ar, se interessa em estar.
Esse canto já me conhece, ele me acode, me atura, me aquece.
Minha voz, de grossa que é, fica alquebrada, fica trêmula.
Fico crua, dolorida, oprimida, descontrolada, maltratada...
Lembrando das raízes do passado, das raízes do agora, que me devora...
Assim como o fogo devora a lenha.
Esperando no entanto, a chegada triunfal do outro dia...
Desejando não mas cair em nostalgia,
Querendo que renasça a chama do meu eu de verdade.
Eu sei que não é miragem, eu sou quente, a natureza assim me fez!
Mas a frieza? O vazio?
Que malvados que são!
Me deram uma rasteira.
Que distração.

(((Camila Senna )))
 


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