1 de dezembro de 2012

Amor vadio...

     
    Navegou no meu mar
    E não singrou meu porto
    Despedaçou minha vela
    E se foi...

    Minhas coxas brancas
    Coverteram-se roxas
    A lua e toda sua parentela
    Soube do seu amor vadio

    Sonhador malvado
    Esteve com a flor
    Mas vestiu o manto da covardia,
    a viu murchar e cuspiu

    (A esperança vestiu-se de branco)
    Um dia: amar era pouco,
    as ancas do meu corpo,
    poemas e risadas.

    Hoje não canta o rouxinol
    Hoje a distração sem sol
    Hoje o mar vazio sem cio
    Sem saliva, sem língua.

    ((( Camila Senna )))


4 comentários:

  1. O mar secou, mas ainda resta, com água na boca, um pouco dele em qualquer um...

    Abraço Camila,
    do Felipe.

    ResponderExcluir
  2. mulher bonita com senso de humor
    vi um post seu no puxa cachorra

    e ainda por cima é poetisa

    sonhador malvado vestiu o manto da covardia....

    as vezes é necessário mas na nossa concepção não se chama covardia

    ResponderExcluir
  3. Felipe Terra, muito obrigada por estar sempre por aqui!

    Luz.

    ResponderExcluir
  4. Aquiles, obrigada por frequentar o blog. Seja bem vindo!

    Mas olha, o que eu entendi do seu comentário quando disse:"na NOSSA concepção não se chama covardia. Com certeza você se referiu a vocês (homens). Caro, Aquiles, não existe essa lei formatada em canto algum. Existe sim, concepções soltas e isso vai além de ser homem ou mulher.

    Quanto ao texto, engloba um turbilhão de coisas... Não se prenda a esse trecho, isso é poesia, cheia de metáforas, verdades e mentiras.

    Luz!

    ResponderExcluir

Pensamentos...