9 de setembro de 2013

Um carnaval atemporal na marginal



Dentro da sua marginal,
Sou estrangeira
Girando minha saia cigana
Querendo tocar na tua banda

Mas não há tempo
Pros meus carnavais
Atemporais

O ônibus teu, vai passar
Às seis da matina
E a purpurina da máscara
Da cigana de mim,
Gosta de tempo e vento

Fico então
dentro do tempo,
Esperando
um contratempo
Pra te furtar com meu vento

Ou então taco fogo
Na minha banda,
Iluminada e mascarada,
Num desfile épico
Fazendo folia no caos
Da tua marginal.

Camila Senna

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